Dra Bruna Tavares
CRM/SP 172573
Há um pouco mais de 10 anos a medicina entrou na minha vida de forma bem inesperada.
Eu planejava ser advogada até então...
Mas era bolsista de um bom colégio, e o diretor me pediu para prestar prova de Medicina na UEPA, a estadual do Pará, aonde eu morei muitos anos.
Como na UEPA não tinha direito e eu tinha uma imensa dívida de gratidão, decidir aceitar. E, com a graça de Deus, passei.
As aulas de medicina iniciaram 2-3 meses antes da última prova da federal, aonde eu prestava prova para Direito.
Foi o suficiente para eu entender que ali era o meu lugar.
Tenho certeza que era Ele me mostrando o meu caminho.
Durante a faculdade passeei por várias especialidades. E gostei demais da maioria delas.
No 3o ano fiz minha iniciação científica, sobre hanseniase. E passei a ter contato com a Dermatologia.
Foi “paixão a primeira pinta”... rs
Naquela época o estudo da dermatoscopia estava iniciando, mas me deixou completamente fascinada - e ainda deixa, é claro.
A partir de então não larguei mais a Dermato.
Após terminar a faculdade, trabalhei um ano para conseguir juntar algum dinheiro - Sim, minha família não tinha condição nenhuma de me ajudar nesse sentido - E vim para SP fazer dermato e cosmiatria. Fiz 3 anos de curso de pós-graduação e um bom número de cursos, congressos e workshop para adquirir o máximo possível de conhecimentos. - que seguimos fazendo o resto da vida se quisermos estar atualizados e oferecer o melhor ao nosso paciente.
Sem dúvida, são anos de abdicação, de muito estudo, de distância da família, de pouco convívio social, de noites mal dormidas e fim de semana trabalhados...
Mas não me arrependo em absolutamente nada.
Sei o quanto todas essas etapas foram importantes e acredito que ter passado por mundos tão distintos (das doenças de pele amazônicas às medições cefalométricas de modelos para deixá-las ainda mais belas) me torna uma profissional melhor, mais completa.
Sei que estou aonde deveria estar. Amo fazer dermato, amo cuidar dos meus pacientes.
E hoje entendo a importância que essa ciência tem na vida dos meus pacientes, seja o paciente com uma lesão no pé há mais de 10 anos que conseguimos diagnosticar, seja a paciente que não enxerga no espelho a beleza que a representa e eu posso ajudar sem a transformar num rosto de linha de produção.